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Silvania se une à Conservation International e à The Nature Conservancy em campanha que visa mobilizar bilhões de dólares em investimentos do setor privado para a proteção da floresta brasileira

Published: 22 janeiro, 2025

Authored by: RTB

  • A Race to Belém é um chamado global à ação para ampliar de forma decisiva os investimentos e o apoio à proteção da floresta brasileira antes da COP30.
  • A iniciativa reúne atores estratégicos para mobilizar o financiamento privado necessário e catalisar novos programas voltados à preservação de um dos ecossistemas mais importantes do planeta.
  • Hoje, a Silvania anuncia o compromisso de aportar capital antecipado aos estados brasileiros que lançarem programas de proteção florestal, com a promessa de destinar um dólar em financiamento inicial para cada tonelada adquirida – o que pode liberar até US$ 100 milhões em novos recursos e dar início à Race to Belém.
  • A iniciativa priorizará investimentos voltados à atuação conjunta com povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, agricultores, além de governos estaduais e federal, com foco na redução do desmatamento em larga escala, inclusive por meio de programas JREDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em escala jurisdicional) com alto nível de integridade.

Davos, Suíça – 6h00 (CET), 22 de janeiro de 2025– Hoje, a Silvania se une às organizações ambientais Conservation International e The Nature Conservancy para dar início à Race to Belém – uma iniciativa criada para acelerar o financiamento da proteção florestal no Brasil em uma escala e velocidade sem precedentes.

Anunciada durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, a campanha tem como meta mobilizar bilhões de dólares em investimentos do setor privado antes da realização da COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).

A Race to Belém é a primeira grande campanha da Silvania, um fundo de investimento de US$ 500 milhões dedicado à natureza e à biodiversidade, com apoio da Mercuria. A Silvania destinará capital inicial aos estados brasileiros que lançarem programas de proteção florestal. A cada tonelada adquirida, a empresa aportará um dólar em financiamento antecipado, podendo liberar até US$ 100 milhões em novos recursos. Além de disponibilizar esse capital, a iniciativa marca o início de uma mobilização para atrair bilhões de dólares em investimentos privados voltados à preservação das florestas brasileiras.

A iniciativa priorizará investimentos voltados à atuação conjunta com povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, agricultores e os governos estadual e federal, com o objetivo de reduzir o desmatamento em larga escala, inclusive por meio de créditos JREDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em escala jurisdicional), conduzidos pelos próprios estados e com alto padrão de integridade. O estado do Tocantins já está implementando um programa JREDD+ em parceria com a Mercuria e a Silvania, e será o primeiro a ganhar escala com o apoio da Race to Belém.

A Race to Belém é um movimento iniciado pela Silvania em colaboração com a Conservation International e a The Nature Conservancy, em articulação com povos indígenas brasileiros, comunidades locais e tradicionais, agricultores e representantes dos governos estadual e federal. O movimento ganhará força ao longo da corrida até a COP30.

Esse modelo demonstra como a colaboração entre governos estaduais, comunidades locais e investidores privados pode gerar soluções escaláveis. A Race to Belém convida outros estados brasileiros a seguirem esse caminho, exercendo liderança, protegendo ecossistemas essenciais e promovendo meios de vida sustentáveis.

Keith Tuffley, CEO da Race to Belém, declarou: “A Race to Belém é um chamado à ação para proteger a floresta brasileira antes que seja tarde demais. Estamos comprometendo até cem milhões de dólares para dar início a essa corrida, mas o verdadeiro desafio é para que todo o setor privado se mobilize e invista bilhões. Essa iniciativa permitirá ampliar a liderança já demonstrada pelo Tocantins para outros estados da floresta brasileira, canalizando investimentos essenciais para os povos indígenas e as comunidades locais e tradicionais.”

O CEO da Conservation International, Dr. M. Sanjayan, acrescentou “A COP30, em Belém, representa uma oportunidade única para reverter os fatores econômicos que impulsionam o desmatamento na Amazônia e redirecionar os recursos financeiros para a proteção, e não para a destruição. À medida que o setor privado desperta para as consequências devastadoras da inação, cresce o interesse das empresas em fazer sua parte. Os créditos jurisdicionais de alta integridade são uma ferramenta fundamental para inverter essa lógica econômica na escala necessária, garantindo recursos vitais para os povos indígenas e comunidades locais que cuidam dessas terras. Este será um ano decisivo para o futuro da Amazônia. Teremos a chance de dividir a trajetória de proteção da floresta em dois momentos: antes e depois da COP30. Mas, para vencer essa corrida contra o tempo, todos precisamos calçar os tênis e começar a correr.”

A Amazônia e outras florestas do Brasil desempenham um papel crucial nos padrões climáticos globais. O risco iminente de um “ponto de não retorno” exige atenção imediata. Para evitar essa crise, é fundamental reconhecer e valorizar economicamente as árvores em pé, compreendendo que a estabilidade da economia global depende diretamente da preservação das florestas brasileiras.

“O Relatório de Riscos Globais de 2025, do Fórum Econômico Mundial, confirma o que já sabemos: que eventos climáticos extremos, a perda de biodiversidade, as mudanças nos sistemas naturais da Terra e a escassez de recursos são hoje as maiores ameaças ao nosso futuro”, afirmou
Jennifer Morris, CEO da The Nature Conservancy. “A ciência também nos alerta que o tempo está se esgotando para investir em uma solução essencial que segue gravemente subfinanciada: a natureza. Temos dez meses até nos reunirmos no coração da Amazônia, em um momento decisivo para o planeta e para as pessoas. O capital inicial será o que definirá o sucesso ou o fracasso. A Race to Belém traduz a urgência e a ambição que precisamos agora: abandonar incentivos desalinhados e a inação, e avançar em direção a soluções verificáveis e progresso real, liderado por povos indígenas e comunidades locais e tradicionais, em parceria com os governos estadual e federal, e com financiamento do setor privado.”

“O Tocantins tem orgulho de liderar pelo exemplo no combate ao desmatamento ilegal”, afirmou Wanderlei Barbosa, governador do Estado do Tocantins. “Nossa parceria com a Race to Belém mostra que ações ousadas, impulsionadas por colaboração e inovação, podem gerar resultados concretos para a natureza, o clima e as nossas comunidades. Convidamos outros estados a se unir a essa iniciativa essencial e contribuir para um impacto global duradouro.”

A Race to Belém se baseia nos avanços de estados brasileiros como o Tocantins, que estabeleceu um alto padrão na implementação de programas JREDD+. Por meio de parcerias com líderes do setor privado, como Mercuria e Silvania, o estado tem alinhado políticas públicas, participação de povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, além de tecnologias avançadas de monitoramento, para conter o desmatamento. Entre as principais conquistas estão a criação de um Fundo Climático, a estruturação de mecanismos de repartição de benefícios e o avanço na regularização fundiária como medida estratégica para frear o desmatamento ilegal.

Além de fomentar diferentes formas de investimento em preservação florestal no Brasil, a Race to Belém colabora ativamente com estados brasileiros, incluindo o Tocantins, e com o governo federal, para canalizar recursos a programas JREDD+ conduzidos pelos próprios estados e com alto padrão de integridade. O JREDD+ é uma solução abrangente e inclusiva para a preservação florestal, pensada para atuar em escala jurisdicional e promover paisagens e meios de vida mais resilientes. Esse modelo garante a participação plena de povos indígenas, agricultores e comunidades locais e tradicionais, reconhecidos como os guardiões mais eficazes das florestas. Por operar em escala territorial, o JREDD+ exige o envolvimento direto dos governos, elemento essencial para conter e reverter de forma efetiva o desmatamento.

“Sem programas de preservação sérios e íntegros, que ofereçam apoio real às populações e comunidades da Amazônia, a floresta desaparecerá. Estamos comprometidos com as jurisdições que atuam com responsabilidade e adotam mecanismos transparentes de monitoramento, tanto das suas iniciativas de preservação quanto do apoio prestado a comunidades locais, agricultores e povos indígenas”, afirmouPeter Seligmann, presidente da Silvania e fundador e presidente, Conservation International.

INFORMAÇÕES À IMPRENSA:

Contato para a imprensa:
info@racetobelem.earth

Sobre a Silvania:
A Silvania (silvania.earth) é a principal iniciativa lançada pela Mercuria, com um compromisso de capital de US$ 500 milhões dedicado à proteção e restauração da natureza e da biodiversidade. A Silvania é uma das líderes no mercado de carbono e no desenvolvimento de projetos de alta integridade, com ampla expertise nos mercados globais de carbono e capacidade para mobilizar rapidamente investimentos privados em grande escala.

Sobre a Conservation International:
A Conservation International trabalha pela preservação da natureza em benefício das pessoas. Por meio da ciência, da formulação de políticas, da atuação em campo e do financiamento estratégico, a organização identifica e protege áreas naturais essenciais para o clima, a biodiversidade e o bem-estar humano. Presente em mais de 100 países, atua em parceria com governos, empresas, organizações da sociedade civil, povos indígenas e comunidades locais para promover soluções em que pessoas e natureza prosperem juntas. Saiba mais emConservation.org e acompanhe nossos conteúdos no Conservation News, Facebook,  Twitter,  TikTok,  Instagram e  YouTube.

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A The Nature Conservancy (TNC) é uma organização global de preservação dedicada à proteção dos ecossistemas naturais dos quais toda forma de vida depende. Guiada pela ciência, desenvolve soluções inovadoras e práticas para enfrentar os maiores desafios ambientais do mundo, permitindo que a natureza e as pessoas prosperem juntas. Atua em larga escala no combate às mudanças climáticas, na preservação de florestas, rios e oceanos, na promoção do uso sustentável de alimentos e água e no fortalecimento da resiliência das cidades. A TNC está presente em 81 países e territórios, sendo 40 com impacto direto em preservação e 41 por meio de parcerias, e adota uma abordagem colaborativa com comunidades locais, governos, setor privado e outros parceiros. Saiba mais em nature.org ou siga @nature_press on X.